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André Martinho

Escritas sobre a busca por sabedoria, rumo a um ser humano melhor.

André Martinho

Escritas sobre a busca por sabedoria, rumo a um ser humano melhor.

Que fazer com as teorias da conspiração?

Existe uma guerra pela sua mente!

Confesso que ainda tenho uma tendência a entrar na toca do coelho e perder-me nos intermináveis caminhos das teorias da conspiração. Quando se "toma o comprimido vermelho", nunca mais voltamos a ver o mundo como antes, pelo menos não de forma natural.

Existem teorias da conspiração para todos os gostos e todas as mentes, das mais absurdas e ridículas às mais credíveis, credíveis ao ponto de se terem confirmado muitas delas.

É certo que não devemos acreditar em tudo o que lemos ou ouvimos falar, assim como também é um facto que não podemos ser tão ingénuos ao ponto de acreditar que estamos bem informados porque vemos o telejornal todos os dias.

Quando vemos mobilizações mediáticas para ridicularizar quem tem opiniões diferentes da narrativa oficial, vemos os demais a rejeitar o contraditório logo à partida, tudo para não serem também eles taxados de teóricos da conspiração e continuarem bem vistos pela sociedade ou pelo seu círculo. A pandemia foi um excelente exemplo desta prática.

Esta é uma situação perigosa, pois é um condicionamento da liberdade de expressão para quem se expressa, ao mesmo tempo que é também um condicionamento da percepção para quem se informa. Desta forma, toda a informação é seleccionada para orbitar à volta de uma narrativa oficial.

There's a war on for your mind! / Existe uma guerra pela sua mente!

Este slogan do site de notícias alternativas (ou de teorias da conspiração se preferirem) Infowars, é um mantra a ser lembrado sempre que lemos notícias deste tipo de sites e plataformas, mas também quando sintonizamos a RTP, a SIC e a TVI, bem como os demais media oficiais, sejam eles de Direita ou de Esquerda.

Dito isto, podemos avançar para o propósito deste artigo. O que fazer com as teorias da conspiração?

Basicamente, a partir do momento em que "toma o comprimido vermelho" e passa a ter contacto com uma nova visão do mundo, a melhor coisa a fazer é tentar não ficar obcecado mas também, não fazer de conta que não é possível ser verdade. Seja um observador desapegado, de outra forma vai entrar simplesmente em negação.

Há casos de pessoas cujas vidas viraram de pernas para o ar devido ao envolvimento tão grande com as teorias da conspiração. Muitos deles já mentalmente instáveis, o resultado foram alguns dos tiroteios em massa nos Estados Unidos perpetrados por estas mesmas pessoas. Outros casos levaram a problemas de ansiedade, isolamento social, paranoia etc.

No meu caso específico, que data há mais de 15 anos, tive o meu contacto com teorias da conspiração, estas vieram num contexto espiritual, teorias escatológicas sobre o livro de Apocalipse, a vinda do Anticristo, a marca da besta, etc.

Este contacto prejudicou-me, pois fiquei obcecado, independentemente de continuar a fazer a minha vida de forma normal, a obsessão estava presente. Por outro lado, despertou em mim uma fome das coisas do alto, pelo que me virei para Deus, pois acreditava e ainda acredito que estamos no meio de uma batalha espiritual.

Ai do mundo, por causa dos escândalos; porque é mister que venham escândalos, mas ai daquele homem por quem o escândalo vem! in Evangelho de Mateus

Apesar das teorias da conspiração de contexto escatológico terem servido para me aproximar das coisas do alto, eu continuei obcecado pelos escândalos do mundo, aos quais Jesus Cristo se referia.

De uma forma geral, as teorias da conspiração não são um bom conteúdo para serem consumidas, pois são sempre negativas e algo que dificilmente se pode transmutar do mau para o bom, observando o bem em tal teoria, o que geralmente não existe. 

Portanto só me resta repetir, uma vez que esteja na toca do coelho, faça um esforço para se desapegar por mais que acredite em tal teoria, ao fazer isto não está a deixar de acreditar, faça exactamente como provavelmente faz com as notícias convencionais, tem as mesmas em conta sem necessariamente se deixar obcecar por elas.

Veja os media alternativos exactamente da mesma forma que vê os media convencionais. 

Mas se possível, não veja nenhum...

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